A pedra, a madeira e o sal

Sei de tudo que conheço. Posso conhecer tudo que sei.     ...    ...    ...   Será??

Que mistérios se escondem na aba do livro sagrado da sabedoria que tanto me ofereces? Que sou eu hoje e o que serei em seguida? Que proveito? Que faço com o que me destes?

Uma pedra lançada na água vai ao fundo e lá permanece inalterável ; não dá nem recebe; não se mistura. Quando muito, pelo contato com a água, forma um lodo superficial depois de algum tempo.
Quando um pedado de madeira mergulha na água, vai se encharcando e conserva o que embebeu.
Um punhado de sal, ao misturar-se com a água, logo se derrete; deixa de  ser o que era e ao mesmo tempo dá a virtude do seu sabor.

As pessoas com personalidade forte e convencidas que nada têm a aprender são como a pedra. Em sua intransigência e orgulho, acha que são exemplos para o mundo e que já conhecem a verdade. Estas pessoas não conseguem passar da introdução de um livro ou de poucos minutos numa conversa verdadeira. São indivíduos que gostam de um convívio ameno, guiados apenas por futilidades materiais. Mal suportam as lições da vida e, entre bocejos e cochilos, conseguem, quando muito, assimilar algo superficial, como o lodo na pledra.

Outras pessoas, como a madeira, e conforme sua porosidade assimilativa, absorvem a verdade e se inflam. Infelizmente param na informação, julgando que espiritualidade é o acúmulo de verdades e conhecimento. Ignoram que a fé sem obras é morta.

Finalmente, uma minoria, como o sal, mistura-se aos novos conhecimentos e transformam tanto a agua como a si próprios numa nova composição. São pessoas que evoluem a largos passos e deixam o rastro de suas experiências por onde passam. Dão seu sabor ao conjunto social através do exemplo e o preservam à sua humildade.
Parabola hindu.
fonte: Livro Sabedoriaem Vendas, páginas 10 e 11.
Saber é diferente de conhecer.

Mais que curiosidade, preciso de coragem. Sei tudo que conheço? Conheço tudo o que sei?

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